Tanto as organizações quanto os indivíduos lutam para adquirir e manter valores intrínsecos, ética e princípios. Quaisquer que sejam nossas crenças pessoais e organizacionais, todos enfrentamos forças restritivas, oposições e desafios, que algumas vezes nos levam a agir contrariando nossas missões, intenções e resoluções.Podemos achar que somos capazes de alterar hábitos e padrões profundamente enraizados simplesmente tomando novas resoluções e definindo novos objetivos, mas logo descobrimos que hábitos antigos não desaparecem com facilidade e que apesar das boas intenções e promessas sociais, os padrões usuais permanecem ano após ano.
Freqüentemente cometemos dois erros com relação a resoluções de Ano-Novo: primeiro, não sabemos exatamente quem somos. Não conseguimos ver que não somos nossos hábitos, que podemos criar e alterar nossos hábitos, que não precisamos ser vitimas das condições ou do condicionamento. Somos capazes de escrever nosso próprio roteiro, escolher nossa rota e controlar nosso destino. Segundo, não sabemos exatamente para onde queremos ir, portanto nossas resoluções são facilmente desenraizadas e então somos desencorajados e desistimos. Se regularmente não relatarmos nossos progressos a alguém e obtivermos um retorno objetivo sobre nosso desempenho, logo deixaremos de cumprir nossas resoluções. A responsabilidade traz a capacidade de resposta. O compromisso e o envolvimento produzem mudança.No programa espacial, vemos que é necessário um tremendo empuxo para que um foguete vença a poderosa força de atração da Terra. O mesmo acontece quando se trata de abandonar velhos hábitos.
RESOLUÇÕES UNIVERSAIS
Em nossas vidas existem poderosas forças restritivas que atuam para destruir qualquer nova resolução ou iniciativa. Dentre essas forças estão: apetites e paixões; orgulho e pretensão; e aspiração e ambição. Somos capazes de vencer essas forças restritivas tomando e mantendo três resoluções:
RESOLUÇÕES UNIVERSAIS
Em nossas vidas existem poderosas forças restritivas que atuam para destruir qualquer nova resolução ou iniciativa. Dentre essas forças estão: apetites e paixões; orgulho e pretensão; e aspiração e ambição. Somos capazes de vencer essas forças restritivas tomando e mantendo três resoluções:
Primeira, para vencer as forças restritivas dos apetites e paixões, estou decidido a praticar a autodisciplina e a abnegação. Sempre que nos deixamos levar pelo exagero nos apetites físicos e paixões, prejudicamos nossos processos mentais, julgamentos e relações sociais. Nossos corpos são ecossistemas, e se nosso lado econômico ou físico estiver desequilibrado, todos os outros sistemas serão afetados. Quanto mais velhos ficamos, mais perto estamos das encruzilhadas entre a necessidade de mais autodisciplina e temperança e o desejo de desistir, relaxar e fazermos o que quisermos. Sentimos já ter dado nossa contribuição e portanto ter adquirido o direito de fazermos o que bem entendermos. Mas se nos tornamos permissivos e complacentes conosco, comendo demais, ficando acordados até altas horas e não nos exercitando, a qualidade de nossa vida pessoal e profissional será prejudicada. Muitos de nós sucumbimos ao desejo de dormir, descansar e nos divertimos mais. Quantas vezes você programa o seu subconsciente para acordar cedo, sabendo de todas as coisas que precisará fazer de manhã, ansioso para organizar devidamente o dia, por um café da manhã calmo e tranqüilo, por uma preparação sem pressa e calma antes de sair para o trabalho? Mas quando o alarme soa, suas boas intenções desaparecem, trata-se de uma batalha do consciente contra o colchão e muitas vezes o colchão é o vencedor!Uma cadeia de eventos desagradáveis e conseqüências desastrosas é gerada quando não se cumpre a primeira resolução do dia, levantar-se numa determinada hora. Assim, quando o despertador tocar, você acorda e prepara-se melhor para o dia. Uma vitória desse tipo longo pela manhã lhe dará um senso de conquista, vitória e domínio - esse senso o impele a sair vitorioso de mais desafios públicos durante o dia. O sucesso leva ao sucesso. Começar o dia com uma vitória matinal sobre si mesmo leva a mais vitórias.
Segunda, para vencer as forças restritivas do orgulho e da pretensão estou decidido a trabalhar meu caráter e competência. Sócrates disse uma vez: “A melhor maneira de viver neste mundo com honra é ser aquilo que fingimos ser; na verdade, ser o que desejamos que os outros pensem que somos. Praticamente o mundo inteiro tem a preocupação com a imagem, e o espelho social é poderoso para criar nossa percepção do que somos. A pressão para parecer poderoso, bem sucedido e atualizado faz com que muitos se tornem manipuladores. Quando se vive em harmonia com valores e princípios intrínsecos pode-se ser direto, honesto e corajoso. Nada perturba mais as pessoas cheias de truques e duplicidade do que a honestidade total, a única coisa com a qual não são capazes de lidar. Pessoas eficazes levam suas vidas e administram seus relacionamentos em torno de princípios. As pessoas poucos eficazes tentam administrar seu tempo em torno de prioridade e suas tarefas em torno de objetivos. Pense eficácia em relação as pessoas e eficiência em relação as coisas. Se as pessoas representarem papéis e fingirem o tempo todo, deixando-se vencer por sua vaidade e por seu orgulho, aos poucos se enganarão completamente. Vão então lutar para manter seu disfarce, mas se conseguirem aceitar a verdade sobre si mesmas, de acordo com as leis e os princípios da colheita, gradualmente desenvolverão um conceito mais preciso de si mesmas. Certamente nós deveríamos nos interessar pelas opiniões e impressões dos outros de forma a podermos ser mais eficazes junto a elas, mas deveríamos nos recusar a aceitar suas opiniões como fatos consumados e então agir ou reagir de acordo com elas.
Terceiro, para vencer as forças restritivas da aspiração e ambição desenfreada, estou decidido a dedicar meus talentos e recursos a nobres propósitos e a servir aos outros. Se as pessoas estiverem “procurando o número um” e “o que é que eu ganho com isto”, não terão qualquer senso de responsabilidade, senso de ser um agente de princípios, de objetivos e causas nobres, passam a representar a lei, tornam-se os “chefões”. É por esse motivo que a humildade é a mãe de todas as virtudes, pois gera o compromisso, tudo de bom então agirá através de você. Mas se você deixar-se levar pelo orgulho -“minha vontade, minha agenda, meus desejos...”-, precisará depender totalmente de suas próprias forças. Não estará em contato com aquilo que Jung chama de “inconsciente coletivo” o poder de um caráter maior que desencadeia energia através do trabalho. Pessoas ambiciosas buscam sua própria glória e estão profundamente preocupadas com sua agenda. Até que as pessoas adquiram o espírito de servir, poderão afirmar seu amor pelo companheiro, ou causa, mas freqüentemente desprezam as solicitações que os mesmos fazem sobre suas vidas. A divisão interna, possuir dois motivos ou interesses conflitantes, inevitavelmente nos leva a guerra conosco mesmos, e uma guerra civil interna muitas vezes se transforma em guerra com os outros. O oposto da divisão interna é a auto-unidade ou integridade. Alcançamos a integridade através da nossa dedicação ao serviço abnegado aos outros.
IMPLICAÇÕES PARA O CRESCIMENTO PESSOAL
A não ser que dosemos nossos apetites, não teremos controle sobre nossas paixões e emoções. Em vez disso nos tornaremos vítimas de nossas paixões procurando ou aspirando obter riqueza, domínio, prestígio e poder.Se vencermos primeiramente alguns apetites básicos, teremos força suficiente para tomar resoluções mais elevadas depois.Até que você possa dizer “Sou meu próprio mestre” não poderá dizer “Sou seu servo”. Em outras palavras, poderíamos professar uma ética de serviço, mas sob pressão ou stress poderíamos ser controlados por determinada paixão ou apetite. Perdemos a cabeça, nos tornamos ciumentos, invejosos, nos entregamos à luxuria ou ao desmazelo e em seguida nos sentimos culpados, fazemos promessas e as quebramos, tomamos resoluções e não as mantemos.
Apesar de nossa ética de “servirmos as pessoas”, nos tornamos servos ou escravos daquele que nos controla.A chave para o crescimento é aprender a fazer promessas e mantê-las. A abnegação é um elemento essencial na luta contra as três tentações. “Um ato secreto de abnegação, o sacrifício pelo ardor no cumprimento do dever, vale mais do que todos os bons pensamentos, sentimentos amistosos, preces fervorosas, das quais os homens ociosos abusam”, disse John Henry Newman. “A pior educação que ensine a abnegação é melhor do que a melhor educação que ensine tudo mais e dela se esqueça”, disse Sterling.